segunda-feira, julho 18, 2005

Uma Página Rasgada


Sou uma página de um livro aberto

De onde estudas-te para no teste passar.

Muitas vezes choras-te e sobre mim tuas lágrimas derramas-te,

E eu sem te pedir nada em troca

Sempre te dei tudo o que tinha.

Sou uma pagina, novinha e a estrear,

Onde tu escreves tudo o que aprendes.

Onde tem tudo o que é preciso para ti,

Onde encontras o significado para a vida.

Mas sou apenas uma página, como tantas outras feita de papel.

Muitas iguais a mim existem, embora seja para mim que olhes

E que chores quando não precebes.

Sou uma página de papel

Cheia de letras e palavras

Palavras que compõem frases, exprimindo aquilo que sentes.

A matéria está dada, bem estudada e passada.

Para que serve agora uma pagina velha já sem significado.

Rasgas-me do teu livro, amachucas-me como uma outra qualquer.

Agora tens outras novas e limpas onde podes escrever outras coisas.

Outras páginas estão na tua vida, para que me queres a mim agora?

Nem pelo que fiz por ti? Nem pelo que te ajudei?

Já não sirvo para nada!

Já não sou uma Página

Sou uma simples folha que foi rasgada e mandada para o lixo

Já não sirvo para nada

Já não sou a tua página!!!

1 Comments:

Blogger Ana Sofia said...

Olá primo. Em primeiro parabéns pelo teu espaço aqui no blog...já não era sem tempo...tinhas mesmo que partilhar os teus textos connosco:)

Quanto a este texto não tenho muito mais para te dizer, sabes que o adoro e que quando mo mostraste, já la vai um ano e tal eu, tocou-m mesmo muito...está muito bom mesmo!Adoro..

jinhos
Anok@s

terça-feira, julho 19, 2005 1:32:00 da tarde  

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