sábado, agosto 19, 2006

SMS - Parte III


Mar estava a caminho da escola, mas como saiu de casa mais cedo, apanhou um caminho mais longo. Passou pelo parque onde costumava passear os cães. Passou pelo repuxo e viu dois passarinhos a beberem água e a cantarolarem. Pensou imediatamente em si e no Sol, Imaginou-os aos dois sentados na esplanada do café, a beberem um sumo e a trocarem mimos e palavras de carinho. Parou e olhou por um minuto as poucas e tímidas nuvens que graciavam o lindo céu azul. Voltou a baixar os olhos e desviou-os ligeiramente para a direita, e viu Sol sentado num banco do jardim, sorriu e foi ao seu encontro. Parou subitamente em terror, suores frios lhe escorreram no rosto, a respiração ficou ofegante e o coração disparou. Estava a chegar uma rapariga, provavelmente da idade de Sol, bastante bonita e muito arranjava. Ela cheirava a charme. Sentou-se ao lado de Sol e beijou-o carinhosamente e ambos sorriam.
Mar não compreendia e nesse dia não foi à escola. Ao fim da tarde enviou um sms ao mar a dizer disparates, ela não disse coisa com coisa e Sol estranhou. Sol respondeu para eles se encontrarem amanha, que era sabado, logo após o almoço. Ela sorriu timidamente a pensar que sol iria deixar a outra para ficar com ela para sempre.
Chegando a sabado, Mar acordou bastante cedo, mais cedo do que nos dias em que tinha aulas. Levantou-se logo e vestiu-se e ficou sentada no sofá a olhar para o infinito, só à espera que o tempo passasse. Chegou ao café trinta minutos antes da hora combinada e esperou ansiosa. Quando Sol chegou os olhos de Mar se encheram de brilho, toda ela radiava felicidade. Sentaram-se frente a frente numa das mesas disponíveis da esplanada. Começaram com a conversa banal do desbloqueador de conversas. "Como estás?" , "Como está a escola?", etc. Ela ia respondendo feliz, e de repente parou de sorrir e ficou com cara de enterro, ele tinha perguntado como ia de namorados. Ela não entendia essa pergunta, visto a mesma ter sido seguida de "eu ja tenho uma namorada, chama-se Joana e gosto muito dela". Mar começou a chorar timidamente, ela tentou esconder mas não conseguiu e por fim seus olhos derramaram as tão preciosas lágrimas. Ele perguntou o que se passava mas ela remetia-se ao silêncio. Ao fim de alguma insistência ela revela os seus sentimentos por ele com um "amo-te", Sol era um rapaz forte, barbudo e encorpado quanto baste e no entanto aquela revelação fê-lo corar. Ao fim de uns segundos reagiu e disse-lhe que gostava muito dela, mas não podia gostar dela de nenhuma outra forma como a de um irmão para uma irmã. Ela não entendeu à primenra, mas com o passar dos minutos foi entendendo que ele não podia apaixonar-se por ela, havia uma barreira de idade muito grande, aos poucos foi aceitando a realidade.
Passados dois anos Mar e Sol continuam a trocar sms e a encontrar-se na mesma esplanada, falam sobre tudo, escola, trabalho, namorados e namoradas, os pais, o carro, o benfica e o sporting. Ficaram os melhores amigos e ele disse-lhe que os amores vêm e vão, mas a amizade deles era eterna. Ela a sorrir disse-lhe "és o irmão que nunca tive", ele respondeu com um sorriso. Continuam a chamar-se por Sol e Mar.

*~FIM~*

2 Comments:

Blogger polly_maggoo said...

se foi este o final que quiseste dar a tua historia bem então é porque será este o mais acertado e no qual Mar e Sol irão ser mais felizes.
às vezes é mesmo impossivel lutar contra certas barreiras cm a da idade ou da distancia, preconceitos raciais ou religiosos. por isso tudo acho q a amizade é sempre o melhor final:)
espero pela proxima historia ansiosamente:)
beijao grande lobito.
nunca + chega 3af... :/

domingo, agosto 20, 2006 9:35:00 da manhã  
Blogger Liliana Bárcia said...

oh gostos dessas histórias.. é bonito saber q Sol e Mar se encontram todos os dias..

puseste a tua filha com uma lágrimazita no canto do olho =')

és grande, pai. =)

:*

segunda-feira, agosto 21, 2006 12:42:00 da tarde  

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