terça-feira, setembro 13, 2005

Uma noite com a noite


Acordo de um sonho eterno e abro meus olhos sempre fechados
Saio de casa com dia e vagueio tristemente pelas ruas
O dia vai entristecendo e a cada passo que dou vai escorecendo
E já com a noite a meu lado aprecio a lua pela primeira vez
Sento-me num banco de jardim e sussuro às borboletas
Elas voam e vêem os pássaros que me dizem maravilhas
As folhas acariciam-me os braços e a cara com o vento
Pego nessas folhas e nos ramos que as seguram e sorriu
Entretanto as estrelas não param de olhar para mim
Parto então à descoberta e acaricio os ramos à passagem
Deito-me junto ao chão para sentir o calor da terra
Acaricio as nuvens que vão passando à frente da lua
E beijo a lua e as estrelas e as nuvens, os ramos, as folhas e a terra
Começam então a cair alguns pingos de chuva , sinto a terra humida
O calor da noite invade-me por completo e uivo e volto a uivar
Sinto que a noite me está a dizer algo, algo marivilhoso
Pois oiço os grilos e as cigarras a cantar e eu volto a uivar
A lua vai mudando de cor e eu for nome num sudestemido
Parto para a floresta numa alician-te e perigosa aventura
Antes de entrar contemplo as magestosas árvores e beijo-as
A então cerrada floresta parece quem abrigar-me
Pego com convicção nas folhas de à pouco e aperto-as
Parece que as árvores se abriram e criaram um caminho
Entre então a passeia-me por entre o orvalho que se criou
Chove casa vez mais e sinto as árvores fecharem-se para eu ficar
Fico mais um pouco a passear-me pela floresta e olhando a lua
Ao fim de algum tempo de estar na floresta sinto-me tremer
Os grilos e as cigarras cantam cada vez mais e mais alto
A floresta está cada vez com mais orvalho em toda a parte
E sinto que também faço par de deste mundo, desta noite
Eu próprio tenho o orvalho em mim e uivo de novo com a noite
Uivo como nunca uivara antes, a noite uiva comigo
Ambos molhados pela chuva e inundados de vento uivamos
E eu deito-me junto ao chão mais uma vez beijo a terra
Beijo a lua, beijo as estrelas e as nuvens, beijo as árvores
E ainda beijo os ramos e as folhas, e muito vento depois adormeço.

4 Comments:

Blogger polly_maggoo said...

quando tu me mandaste msg eu nao tava em casa fiquei tao triste de nao te puder ler logo, inda pensei em ligar-te p me leres o poema, mas alguma coisa me dizia q faria mais sentido le-lo qd chegasse a altura certa. acho q acertei pk agora faz mt mais sentido td akilo q escreveste, c este cenario maravilhoso a entrar-me pelos olhos a dentro aki pela janela da sala dos computadores tudo bem verdinho e um sol radiante q me faz lembrar a nossa terra. a natureza traz-me sempre tanta trankilidade tanta paz q nao consigo bem explicar bem cm ou pk. acho q so mais maravilhoso q todo o cenario q tu tracaste e msm o sorriso de uma crianca ou simplesmente ve-la crescer, deve ser uma sensacao sublime q grandeza humana. um dia qd tiver montes de filhotes poderei comprova-lo, ate la tenho por aki e por ali a natureza a espreitar. um beijo enorme do tamanho da lua cheia.

terça-feira, setembro 20, 2005 2:58:00 da tarde  
Blogger polly_maggoo said...

continuo sem perceber a tal mensagem que disseste que havia, mas parece-me que os campos semanticos fundamentos sao chuva e iuvo, certo? ate ai ja cheguei... ve la se me descodifcas o resto. um beijo em ti
ps: fizeste bem em por a word verification, assim ja nao ha spam:D

sábado, setembro 24, 2005 7:16:00 da tarde  
Blogger wolfSpirit said...

para facilitar a vida, deixei as palavras chave a vermelho, e digo-te que noite é mulher. depois se continuares com dificuldades, digo-te palavra a palavra na netr qd aki vieres. beijos em ti :)

sábado, setembro 24, 2005 11:27:00 da tarde  
Blogger Ana Sofia said...

Gostei muito deste teu texto, muito mesmo e gostei basante do facto de te misturares com a natureza e revelares a tua face...uivas ou não serias tu o wolf....este texto faz todo o sentido...ao lê-lo imaginei-te como um lobo e vi ali Polly pelo meio sobretudo nas estrelas vermelhas:)

jinhos p ti pimoko
Anok@s

quarta-feira, setembro 28, 2005 12:03:00 da manhã  

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