terça-feira, novembro 22, 2005

A estrada do (in)sucesso

A estrada segue, mesmo quando aqueles que mais nos são familiares se tornam desconhecidos, e os desconhecidos parecem-nos bem. Somos levados por entre encruzilhadas, cruzamentos e rotundas e escolhemos o caminho errado, no meio de caminhos certos. Não vamos ter a lado nenhum quando os poliícias sinaleiros nos fazem enganar no caminho, quando os nossos guias espirituais nos enganam, quando os nossos "role models" cometem loucuras de uma estupides estonteante. Qando todos os senãos nos aparecem à frente dos faróis da loucura, podemos mesmo chegar a pensar que será esse o caminho certo, o caminho a seguir. Mas não, não é assim que cativamos o outro, não é assim que seremos respeitados, que seremos queridos no seio de algo virtualmente bom. Virtualmente pois somos levados a pensar que quem nos dá a vida tem o direito de a guiar, pois não é bem assim. Por vezes os modelos que temos teoricamente de seguir, são aqueles que fazem aquilo que nos faz pensar duas vezes e por vezes três. "Não sou assim", "Não quero ser assim", tenho medo de, involuntáriamente, te seguir. Não sabes o caminho, encosta na berma, atira-te do precipício, sa´-me da frente não te quero seguir, não sou assim. Sou melhor que isso, não quero dizer que sou melhor ou pior que tu, isso não existe, sou apenas diferente, pois se o pecado matasse estaria-mos todos a arder os confins do inferno. Não é isso que está em jogo, mas um ideal que se cria ao longo de vários anos e que se desmorona em segundos. Não quero mais olhar para ti, não és o meu heroi. Para quem olharei agora? Quem me guia nesta estrada esburacada, nesta estrada do insucesso? Ninguém? Parece que vou ter que escolher o meu próprio caminho, muitos o fazem e dão-se mal. Vou dar-me bem, pois basta-me fazer tudo aquilo que tu nunca fizeste e nunca fazer aquilo que sempre fizeste.

6 Comments:

Blogger polly_maggoo said...

tens andado muito contestario ultimamente, gosto de ler estes textos fortes e cheios de farpas, todo militante:) mas sinto saudades das historias de encantar, dos poemas bonitos e cheios de ti e do teu coracao. sei que neste textos poes isso td tb mas gosto dos outros textos tb por isso nao te esquecas deles e qq dia volta a postar dos antigos:) eu gostava tanto deles...
beijo no teu coracao, onde eu brinco, como algodao doce e faco festinhas a ti.
maggoo

terça-feira, novembro 22, 2005 8:55:00 da tarde  
Blogger fee said...

Quem segues?tu próprio, a tua imaginação, os teus desejos, anseios, esperanças, vontades é isso que deves seguir! Se tiveres que tropeçar nos buracos da estrada depois vais levantar a cabeça com outra consciência, porque caiste e já aprendeste alguma coisa!um beijo

terça-feira, novembro 22, 2005 9:02:00 da tarde  
Blogger Ana Abreu said...

Que lindooo!
Descreveste tão bem uma série de coisas...enfim fiquei sem comentários.

quinta-feira, novembro 24, 2005 10:33:00 da tarde  
Blogger Ana Sofia said...

"mesmo quando aqueles que mais nos são familiares se tornam desconhecidos, e os desconhecidos parecem-nos bem." infelizmente isto é tão verdade. Beto consegues transmitir tantas coisas com estes teus textos criticos...adoro lê-los ja te tinha dito?
Tb eu tive mtos modelos q gostava de seguir, faz parte do nosso caminho ter alg q seja nosso heroi com quem sonhamos...mas qd esses herois se destroem, nos desiludem, fica um vazio tão grande!!
Bem verdade é q tb há aqueles herois q n keremos seguir mas q cm dizes involuntariamnete seguimos e dp fica a tristeza de n ter conseguido ser mlhr!
a tua ultima frase ficou excelente:)

o prometido é devido...eu comentei-te mas numa sexta feira lol

jinhos po meu pimoko preferido q tem fotos lindas no hi5 LOL

sexta-feira, novembro 25, 2005 3:02:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gosto bastante das tuas palavras,
aqui no teu blog como nas respostas que me deste e dás aos outros....
tem um bom fim de semana,
um abraço wolf spirit ;)
(já te linkei lá no meu cantinho)

sexta-feira, novembro 25, 2005 9:02:00 da tarde  
Blogger Cristiano Contreiras said...

Sutis sentires que tanto nos abalam a alma; sutis sentires que agridem nossos cotidianos...

domingo, dezembro 04, 2005 5:16:00 da tarde  

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