O Menino dos Sapatos e a Menina dos Sapatinhos

O menino chamava-se David, e tinha uma amiga, uma única amiga, chamada Clara. A Clara não era como o David, ela tinha sapatinhos e saias bonitas para vestir, o David não tinha sapatos, e as calças já não eram calças, e todos na escola gozavam com o David por ele ser diferente, todos menos a Clara.
A Clara via no David um menino sensível, terno e simpático, um menino bem disposto e com vontade de rir e de brincar, como qualquer criança normal, e o David via Clara como a sua única amiga, uma amiga em quem ele podia confiar para sempre, uma amiga em quem ele podia contar, para o bem e para o mal. Ele ia sempre ter com ela nos intervalos, e ela dizia às amigas: -“Agora não posso brincar com vocês, tenho de ir falar com o meu amigo”, elas não entendiam porquê que a Clara era amiga do David, ele estava sempre sujo e muito mal vestido e nunca trazia lanche, elas eram crianças que só vias a capa das pessoas, das outras crianças, mas Clara não era como elas, a Clara era diferente delas, ela via por dentro da casca.
Passado o inverno, recomeçam as aulas, Clara fica à porta da escola à espera de David, mas este não aparece, “estranho”, diz a Clara, “ele nunca se atrasa”. Passaram dois dias e Clara foi saber como estava David, e descobriu que o seu pai tinha ficado sem o emprego, e que tinha arranjado novo companheiro, a bebida.
Clara senta-se à porta da casa de David todos os dias após as aulas e fica ali, à espera de ver David sair pela porta, com o seu lindo sorriso nos lábios, mas os dias transformaram-se em semanas e nada de David. Clara desespera, e num dia a sua mãe preocupada, pergunta à filha o que se passava, e esta conta-lhe a história de David, e de como ele superava as bebedeiras do pai, os colegas que eram maus para ele na escola, e a pobreza em que vivia, só com um sorriso nos lábios. A mãe de Clara deixa verter uma lágrima, e a Clara diz: -“Mãe, não é assim que se superam os problemas, o David ensinou-me que é com um sorriso”, a mãe de Clara seca as lágrimas e sorri, abraça a sua filha e vai-se deitar feliz, feliz pela filha, mas triste com a história de David.
Passam dois meses e Clara estava no recreio, só, triste. Nisto parece David, com umas calças novas, com uns sapatinhos calçados, não parecia o mesmo, não fosse aquele sorriso, aquele sorriso que o imortalizou. Clara pula de contente, e corre na direcção de David para um abraço sentido.
Todos se interrogam o porquê daquela mudança, todos menos Clara que só se importa com o regresso do amigo.
3 Comments:
quase quase me fizeste chorar, mas afinal nao e a chorar que se resolve nada pois nao? um sorriso muito grande por uma historia tao feliz, tao bonita...conta-me historias p eu mimir assim quentinha cm mimi hoje, pk tu tavas a contar-me esta historia. beijos em ti meu anjo das nuvens d algodao doce. tou muito orgulhosa de ti por todas as boas novidades que me deste ontem e por seres assim tao tu, tao magico:)
adoro-te muito wolf
xi apertadinho cm o da clara e o david:***
Gostei mto deste textinho....gostei mm, gostei da msg q ele transmite:) qto a pergunta dp do k disseste é inevitavel n a fazer lol ms k importa isso? importa q ele ficou bem!!
jitos
Anok@s
Pois eu sou da opinião de que alguém com coração muito grande ofereceu uns sapatos ao David.. masisto sou só eu que penso que existe pessoas muito boas.
E fico feliz pelo menino David que tem uma grande amiguinha. Sempre, sempre.
Beijinhos
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