A estrada do (in)sucesso

A estrada segue, mesmo quando aqueles que mais nos são familiares se tornam desconhecidos, e os desconhecidos parecem-nos bem. Somos levados por entre encruzilhadas, cruzamentos e rotundas e escolhemos o caminho errado, no meio de caminhos certos. Não vamos ter a lado nenhum quando os poliícias sinaleiros nos fazem enganar no caminho, quando os nossos guias espirituais nos enganam, quando os nossos "role models" cometem loucuras de uma estupides estonteante. Qando todos os senãos nos aparecem à frente dos faróis da loucura, podemos mesmo chegar a pensar que será esse o caminho certo, o caminho a seguir. Mas não, não é assim que cativamos o outro, não é assim que seremos respeitados, que seremos queridos no seio de algo virtualmente bom. Virtualmente pois somos levados a pensar que quem nos dá a vida tem o direito de a guiar, pois não é bem assim. Por vezes os modelos que temos teoricamente de seguir, são aqueles que fazem aquilo que nos faz pensar duas vezes e por vezes três. "Não sou assim", "Não quero ser assim", tenho medo de, involuntáriamente, te seguir. Não sabes o caminho, encosta na berma, atira-te do precipício, sa´-me da frente não te quero seguir, não sou assim. Sou melhor que isso, não quero dizer que sou melhor ou pior que tu, isso não existe, sou apenas diferente, pois se o pecado matasse estaria-mos todos a arder os confins do inferno. Não é isso que está em jogo, mas um ideal que se cria ao longo de vários anos e que se desmorona em segundos. Não quero mais olhar para ti, não és o meu heroi. Para quem olharei agora? Quem me guia nesta estrada esburacada, nesta estrada do insucesso? Ninguém? Parece que vou ter que escolher o meu próprio caminho, muitos o fazem e dão-se mal. Vou dar-me bem, pois basta-me fazer tudo aquilo que tu nunca fizeste e nunca fazer aquilo que sempre fizeste.