Quebrar é a constante da vida

Quebro de manhã, quando acordo a chorar
E penso nas palavras de ontem, e nas de amanha
Prometo a mim mesmo que terei forças para ti
Prometo que não irei prometer mais aquilo que não posso cumprir
Levanto-me então bem devagar, e quebrado vou caminhando
Dou um passo a frente por cada dois que dou para trás
Volto a cair na cama, e quebrado deixo-me dormir novamente
Quero ser, quero fazer, quero acontecer, quero acreditar
Mas a única coisa que faço, a única coisa que digo
São as coisas que consigo, são apenas parvoices
E lá me levanto, todo quebrado, quase afogado
E com passos curtos, encaminho-me para a realidade
Quebro de tarde, quebro de noite, quebro a toda a hora
E sem saber porquê, vou quebrando constantemente
Quebro por tudo, quebro por nada, quebro por tudo e por nada
Que faço aqui, n faço falta a ninguém
Estar ou não estar, ser ou não ser, não é nenhuma questão
Vou-me ficar mesmo pela negação
Pois não estou, não sou ninguém
Quebro de dia, quebro de tarde, quebro de noite
Quebro constantemente e a toda a hora
Pois quebrar é a constante da vida